quarta-feira, 30 de junho de 2010

Morte feliz.

Eu não tenho medo da morte, o meu medo é de ficar vivo por toda a eternidade, o meu medo é a falta que sentirei de todos e que todos sentirão de mim, mas a morte em si não faz mal a ninguém. Depois da morte meu corpo seguirá para o descanso eterno chamado decomposição, nada mais, céu e inferno é apenas um estado do nosso espírito ainda vivo.

Deixem de ser bobos, vai ficar tudo bem. Quando eu partir quero que se lembrem de mim, essa é a única forma de estar vivo. Não quero que ninguém chore porque eu gosto de sorrisos, sempre preferi a alegria e vocês sabem muito bem disso. No meu velório eu não quero uma cerimônia fúnebre, já vou logo dizendo, quero que toque Lady Gaga porque até depois de morto quero dar close. Quando começar a tocar Bad romance, quero que todo mundo levante e faça todos os passos e os carões, e se ficarem com alguma duvida é só perguntar a Vivi e a Juju, elas sempre dançam essa música comigo, elas vão saber ensiná-los.

É isso! Quero uma grande festa, assim se o meu espírito for para algum lugar ou se ele realmente existir depois da morte, ele estará lá com vocês... GaGa-ooh-la-la! Want your bad romance...” Quero que vocês contem todas as minhas conquistas, eu sempre achei isso digno. Também quero que digam quem eu fui, não quero morrer mascarado, de preferência chamem alguns travestis e Gogo Boys, minha avó e o meu avô vão amar!! Rs

Depois da festa quero que todos os meus órgãos sejam doados, não quero levá-los porque não me servirão pra nada. Eu sempre achei essa atitude linda, essa é um forma de estar vivo e continuar fazendo alguém feliz, dessa vez por toda a vida. Quero que a partir de então essa minha atitude sirva como exemplo, e vocês pensem em fazer o mesmo quando morrer, existe muita gente boa que precisa do nosso coração.

Eu nunca deixarei minha família e amigos sozinhos, vou fazer de tudo para estar com vocês, e SEMPRE vou ajudá-los e guiá-los esteja onde estiver. A morte não será capaz de nos separar, o nosso amor durará pela eternidade, TENHO CERTEZA. Agora viva! Viva todos os dias de sua vida e lembre-se que eu sempre vou estar ao lado de vocês.

Igor Lacerda

domingo, 27 de junho de 2010

Eu mesmo.










Eu acho impressionante a capacidade que as pessoas têm de evoluir. Mudar gostos, comportamento, sonhos, acho que é isso que chamamos de amadurecimento. Quando a pessoa passa por essas mudanças dizemos que ela está crescendo.

Crescer... Eu acho isso muito interessante sabe? Eu estava pensando sobre isso hoje, as coisas que eu gostava que hoje já não gosto, as pessoas que eu amava e hoje já não amo tanto, as besteiras que eu dizia ou fazia e hoje me arrependo, tudo é amadurecimento, durante toda a nossa vida passamos por isso. E no fundo eu sei que quando estiver mais velho, vou ter vergonha de quase tudo que eu disse aqui, ou não, pra mim é tudo muito relativo. Eu sempre escrevi tudo que sentia ou pensava. O que eu pensava era um erro? É, pode até ser, mas quando eu leio hoje tudo que eu escrevi quando era mais novo eu fico lembrando o que eu estava sentindo na hora, o que eu estava pensando, como tinha sido meu dia até chegar ali e desabafar com o meu blog. E com tudo isso eu vejo claramente todas as minhas fases.

Eu percebi que eu escrevia muito sobre sonhos, desejos, coisas que me irritavam, sobre aceitação então era o que eu mais escrevia, e a maioria do conflitos que eu tinha hoje não tenho mais, graças a deus, agora eu vejo que eu melhorei bastante. Por isso eu passei a me permitir, a sentir, a viver todos os momentos que a vida me proporciona, para ter história no futuro, para saber quem eu fui e o quanto eu cresci. Sei que não vou terminar esse texto por aqui, ainda tenho muito que viver e aprender. E no fundo eu sei que mesmo tendo certeza do que eu sou, do que eu gosto e do que eu sinto, amanhã tudo pode mudar e eu posso ser uma pessoa diferente. Espero mudar sempre, para melhor é claro, e logo poder dizer-lhes que eu fui e que hoje eu sou...

Igor Lacerda

sábado, 26 de junho de 2010

"A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam.
E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa.
Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:
“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim.
O fim de uma viagem é apenas o começo de outra.
É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava.
É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles.
É preciso recomeçar a viagem. Sempre."

[José Saramago]

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sempre igual

Acordo e levanto da cama.

Vou na cozinha e faço café.

Vou ao banheiro, tomo banho e escovo os dentes.

Saio do banheiro e vou escolher uma roupa, visto-a.

Volto pra cozinha,

Coloco um pouco de café na xícara e pego alguns biscoitos.

Vou pra sala,

Sento em frente ao laptop, leio meus recados e faço a colheita feliz.

Termino meu café.

Levanto, coloco a xícara na pia da cozinha,

Fecho uma das portas do armário que todo dia eu esqueço aberta.

Pego minha bolsa, coloco meu allstar,

É, estou pronto!

Desço as escadas,

Digo bom dia aos meus avôs, que sempre estão tomando café na varanda,

Exceto nos dias frios.

Saio na rua,

Ando, ando e ando.

Vejo sempre as mesmas pessoas,

Ouço sempre as mesmas piadas e os mesmos escárnios.

Chego ao trabalho,

Digo bom dia.

Sento em frente ao computador,

Cadastro os livros, atendo pessoas...

Quando vejo é meio dia.

Troco de roupa,

Fecho as portas e janelas,

Chamo a Débora e entrego as chaves.

Vou para o ponto de ônibus,

Mesmas pessoas, mesmas conversas.

Chego na escola,

Sempre a mesma hierarquia.

Subo pra sala,

Estudo, falo, estudo, falo.

Intervalo,

As mesmas pessoas, os mesmos lanches.

Volto pra sala,

Falo, falo, falo.

Acabou a aula.

Desço as escadas,

Pego o mesmo ônibus,

Mesmas pessoas, mesma lotação.

Desço no mesmo ponto, vejo as mesmas lojas, casas, carros.

Chego em casa,

Vou na cozinha, arrumo alguma coisa e como.

Vou para o quarto,

Deito em frente ao laptop,

Mesmas musicas, mesmas pessoas online, mesma vida virtual.

Canso de tudo e vou dormir,

Para ter forças e fazer as mesmas coisas no dia seguinte.

Ate que faço, faço, faço, e tudo perde a graça.

Igor Lacerda

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Defina-se: Sentinela!

"Muitos constroem essas barreiras, sentinelas, como defesas. Umas são enfeitadas, tem cores, que é só para esconder o que há lá dentro. Outras são opacas, feias e as vezes escondem uma fragilidade, ou para afastar o que acham ser inimigos. O mundo sempre se camufla e se protege dessa forma, faz parte do equilíbrio...”

Bruno W. Medsta