sábado, 24 de setembro de 2011

Noite promíscua

Passou rápido,
Me olhou
E abaixou a cabeça
Gestos tímidos
Secos, meigos
Seu sexo já sei de cor
De cor, de cheiro
Isso mantem aquele desejo
É deixar-se possuir
Corpo, alma e ser
Livre nessa escuridão que conhecemos
É deixar-se possuir
Por algo que te rasga
Corpo, alma e ser
Dominado por aquele prazer
De pêlos, líquido e desejo
De morte,
De liberdade
Minhas pernas se abrem
E são possuídas
Por um estranho
Que alimenta dores
Seu gemido maldito
Rasgou o silêncio da noite
Sinto teu corpo
Sua alma
Sinto você e não quero
Sinto você...
E não quero