sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sempre igual

Acordo e levanto da cama.

Vou na cozinha e faço café.

Vou ao banheiro, tomo banho e escovo os dentes.

Saio do banheiro e vou escolher uma roupa, visto-a.

Volto pra cozinha,

Coloco um pouco de café na xícara e pego alguns biscoitos.

Vou pra sala,

Sento em frente ao laptop, leio meus recados e faço a colheita feliz.

Termino meu café.

Levanto, coloco a xícara na pia da cozinha,

Fecho uma das portas do armário que todo dia eu esqueço aberta.

Pego minha bolsa, coloco meu allstar,

É, estou pronto!

Desço as escadas,

Digo bom dia aos meus avôs, que sempre estão tomando café na varanda,

Exceto nos dias frios.

Saio na rua,

Ando, ando e ando.

Vejo sempre as mesmas pessoas,

Ouço sempre as mesmas piadas e os mesmos escárnios.

Chego ao trabalho,

Digo bom dia.

Sento em frente ao computador,

Cadastro os livros, atendo pessoas...

Quando vejo é meio dia.

Troco de roupa,

Fecho as portas e janelas,

Chamo a Débora e entrego as chaves.

Vou para o ponto de ônibus,

Mesmas pessoas, mesmas conversas.

Chego na escola,

Sempre a mesma hierarquia.

Subo pra sala,

Estudo, falo, estudo, falo.

Intervalo,

As mesmas pessoas, os mesmos lanches.

Volto pra sala,

Falo, falo, falo.

Acabou a aula.

Desço as escadas,

Pego o mesmo ônibus,

Mesmas pessoas, mesma lotação.

Desço no mesmo ponto, vejo as mesmas lojas, casas, carros.

Chego em casa,

Vou na cozinha, arrumo alguma coisa e como.

Vou para o quarto,

Deito em frente ao laptop,

Mesmas musicas, mesmas pessoas online, mesma vida virtual.

Canso de tudo e vou dormir,

Para ter forças e fazer as mesmas coisas no dia seguinte.

Ate que faço, faço, faço, e tudo perde a graça.

Igor Lacerda

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