quinta-feira, 31 de março de 2011

Antropofagia do Eu.

essa é a revolução do ser,
revolução que roubou minhas dores,
revolução que traiu meus amores,
revolução que não permite sentimentalismos.
já me acostumei a viver
uma revolução dentro da outra
isso é andar da corda bamba, companheiro.
sou o guerrilheiro clandestino
no meio da minha própria ditadura.
esta é a guerra civil
entre o meu desejo de ter e a razão de ser.
Nijinski, não se preocupa,
eu te faço companhia.
Socorro!
estou em um hospício
e não me deixam dançar...
você foi embora sem avisar,
mas ficarei bem
não se preocupe.
estou lutando por uma causa
e não deixarei esse sentimento pequeno
tomar conta da minha cabeça.
eu te trouxe comigo
porque eu te amava...
estou vivendo em um revolução
que não permite sentimentalismos.

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