segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

11/01/2011

Ele está como sempre esteve, existem coisas que nunca mudam, e essa solidão desnecessária é uma delas. Ele está deitado no quarto tentando se entender, e encontrar um motivo para isso tudo. Não parece vazio, esse gosto ácido é dúvida. Reclama da mesma musica que toca toda noite, com o mesmo som, mesma letra... De repente ele olha para o teto e não encontra aquela estrela. Antes existia uma estrela brilhando sobre ele, mas hoje só existe telha. Tudo era mais fácil, se pudesse voltar ao passado e ser feliz novamente. Ele sente falta do que já foi, sente falta do passado, da estrela.
As janelas estão fechadas. Faz frio lá fora, mas a solidão aquece aquele lar de carne e osso. A fome aperta e ele não tem forças. Há vida lá fora, sem graça e vazia. Ele grita em silencio e o choro é abafado, essa é a pior tortura. A televisão está ligada, mas não há nada interessante passando além de um programa de comédia local. O rádio está ligado, no entanto as musicas são tristes. Que conflito sonoro! A casa é o reflexo do dono, seus sons, sua cor, seu vazio. Ele estava meio rádio e televisão, pois ao mesmo tempo em que as pessoas riam na TV, o rádio tocava a tristeza.
Olha, ele trocou a música! Agora ele canta o amor, canta por cantar e sem sentir. Canta sem sentido. Ele enjoou de escrever...

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